Assim como o jogador que formava a dupla de ataque com Edmundo, chamava-se Evair.
Evair, que lembra esvair, esvair-se.
“Esvair e ser. Esvaziar-se e continuar sendo...”, repetia Evair, em sua mente, ao sentir-se a esvair.
Como se imaginasse que o recipiente, sem seu conteúdo, simplesmente não é, temia que ao esvair-se poderia não continuar sendo. E insistia em querer ser.
Evair não sabe se é e o que é, e ao se esvair não sabe se continuará sendo.
Ao menos, uma certeza ele tem: chama-se Evair, ou não.
(por Zé Mingau)
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